Thiago Braz é Bronze em Tóquio 2020 – Salto com vara
Depois do ouro nos Jogos do Rio-2016, o brasileiro recebeu a medalha de bronze do salto com vara na Olimpíada de Tóquio. Feliz, o saltador continua como recordista olímpico, com 6,03 m, e quer compartilhar a alegria com todos que o apoiaram.
Bragança Paulista – Thiago Braz da Silva reviveu na noite desta terça-feira (3/8), no horário de Brasília, a emoção de subir ao pódio olímpico. Depois do ouro nos Jogos do Rio, conquistado no dia 15 de agosto de 2016, o atleta paulista, de 27 anos, recebeu a medalha de bronze do salto com vara da Olimpíada de Tóquio.
Com a medalha no pescoço, ele disse que falou com a mulher, Ana Paula, ex-atleta do salto em altura, com o pai, avó, patrocinadores. “Falta falar com muita gente ainda. Mandei fotos para todo o mundo. Quero compartilhar essa alegria com todos que me apoiaram”, disse o atleta, que continua como o recordista olímpico da prova, com a marca de 6,03 m, obtida no Estádio do Engenhão.
Thiago lembra que o pódio foi uma superação. “Esses últimos anos passei por altos e baixos. Era muito importante lutar por essa medalha. Mesmo saltando mal, minha família nunca deixou de acreditar em mim. É difícil ter pessoas do seu lado, acreditando em você quando está passando por momentos ruins”, comentou o atleta, que treina em Fórmia, na Itália, com o ucraniano Vitaly Petrov.
O atleta, que tem resultados importantes nas categorias de base, como o ouro no Mundial Sub-20 de Barcelona-2012 e a prata nos Jogos Olímpicos da Juventude de Singapura-2010, fez uma reflexão importante. “Esses altos e baixos me deram a oportunidade de conhecer mais a mim mesmo, mostrar que é possível voltar a saltar bem, projetar novos sonhos, novas conquistas e eu tinha o sonho de voltar a uma Olimpíada e ganhar mais uma medalha. Eu tive o suporte que todo mundo me deu.”
Nas semifinais dos 110 m com barreiras, o mineiro Rafael Henrique Pereira e o carioca Gabriel Constantino não conseguiram avançar à grande final. Rafael ficou em sexto lugar na série 3, com 13.62 (-0.1), enquanto Gabriel terminou em oitavo na primeira série, com 13.89 (0.3)
“Eu não gostei do tempo. Foi o meu pior tempo da temporada, mas isso não tira a minha felicidade de estar aqui e ter concluído o objetivo de ter corrido uma semifinal olímpica do lado dos caras que eu só via na internet e hoje foram meus adversários”, disse o atleta de 24 anos. “Na prova saí bem, mas me perdi ritmo. Mas estou mil por cento feliz.”
Já Gabriel, recordista sul-americano da prova, competiu mesmo se recuperando de uma lesão na coxa esquerda. “Meu treinador e o departamento médico do COB estão cientes que decidi correr mesmo assim, representar o Brasil, minha família. Nada iria me impedir de vir, nem mesmo essa lesão que me incomoda”, comentou. “Hoje sou semifinalista olímpico representando o Brasil e o meu bairro Vicente de Carvalho.”
Fonte: CBAT