Neste vídeo a Dra. Milena De Paulis (pediatra HU-USP) convida a Dra. Noely Lorenzi (Ginecologista HU-USP) a falar sobre o câncer de colo de utero e a Dra. Ana Luisa Torres Unzer dos Santos ( Mastologista HU-USP) sobre câncer de Mama
Neste vídeo a Dra. Miena De Paulis (pediatra HU- USP) convida a Dra. Angelina Maria Martins Lino ( Neurologista HU- USP) para esclarecer o que é o Acidente VAscular Cerebral, porque acontece, como reconhecer e como prevenir.
As ilustrações contidas neste vídeo foram retiradas das seguintes fontes: – www.portaldasaudenoar.com.br – revistasuplementacao.com.br – www.fenam.org.br – summercomunicacao.com.br
De acordo com o Hospital Israelita Albert Einstein Acidente Vascular Cerebral
Causas: O Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI), o mais comum, é causado pela falta de sangue em determinada área do cérebro, decorrente da obstrução de uma artéria. O Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico (AVCH) é causado por sangramento devido ao rompimento de um vaso sanguíneo.
Nos dois tipos de AVC uma vez que o sangue, contendo nutrientes e oxigênio, não chega a determinadas áreas do cérebro, ocorre a perda das funções dos neurônios, causando os sinais e sintomas que dependerão da região do cérebro envolvida. O AVC atinge pessoas de todas as idades, sendo raro na infância. Deve ser considerado como um ataque cerebral, pois é a causa mais frequente de morte e incapacidades na população adulta brasileira. Existe outra condição chamada “Ataque Isquêmico Transitório” (AIT ou TIA, do Inglês) que consiste na interrupção temporária do fluxo sanguíneo, causando sinais e sintomas iguais ao AVC que, porém revertem-se espontaneamente em um curto período de tempo. O ataque isquêmico transitório deve ser encarado como um aviso de que algo está errado. Sua causa precisa ser descoberta e tratada, antes que o AVC ocorra.
Principais sintomas Os sinais e sintomas do AVC se iniciam de forma súbita e podem ser únicos ou combinados, de acordo com a lista abaixo:
Enfraquecimento, adormecimento ou paralisação da face, braço ou perna de um lado do corpo.
Alteração de visão: turvação ou perda da visão, especialmente de um olho; episódio de visão dupla; sensação de “sombra” sobre a linha da visão.
Dificuldade para falar ou entender o que os outros estão falando, mesmo que sejam as frases mais simples.
Tontura sem causa definida, desequilíbrio, falta de coordenação no andar ou queda súbita, geralmente acompanhada pelos sintomas acima descritos.
Dores de cabeça fortes e persistentes.
Dificuldade para engolir.
O que fazer diante da suspeita de AVC? A identificação rápida dos sintomas é muito importante para o diagnóstico e o tratamento adequado, além de redução de incapacidades. Dirija-se imediatamente a um serviço hospitalar especializado. Não perca tempo! Cada minuto é importante, pois quanto mais tempo entre o surgimento dos sintomas e o início do tratamento adequado maior a lesão no cérebro.
Tratamento / Prevenção e Incidência Vide o Guia de tratamento para:
Dor no peito é o sintoma mais conhecido do infarto, mas existem sinais menos comuns que podem sinalizar o problema com dias de antecedência.
Quando falamos em infarto, logo vem à cabeça o sintoma mais característico: a famosa dor no peito. Mas o que muita gente não sabe é que o infarto pode provocar outros sintomas que antecedem a dor no peito e que podem surgir semanas antes do ataque cardíaco.
Os sintomas típicos do infarto incluem dor ou sensação de pressão no peito que persiste por pelo menos 30 minutos. A dor pode irradiar pela mandíbula, ombro e braços (mais frequentemente, no braço esquerdo). O problema é que cerca de um terço das pessoas que sofre infarto não sente a dor característica. Por isso, é muito importante ficar atento a sintomas que, num primeiro momento, podem parecer inofensivos, mas que requerem investigação, principalmente se você nunca os sentiu antes.
Alguns sintomas que podem indicar infarto:
Falta de ar;
Tontura;
Suor excessivo;
Ardor no estômago muito semelhante à azia;
Dor nas costas.
Como são sinais mais genéricos, é comum ignorá-los. Embora qualquer um possa apresentá-los, algumas pessoas são mais propensas aos sintomas atípicos. Mulheres, idosos, negros e pessoas com diabetes ou insuficiência cardíaca formam esse grupo e devem ficar atentos aos sintomas, especialmente se existir histórico de doença cardiovascular na família.
Fique alerta aos seguintes fatores de risco: histórico familiar, hipertensão, colesterol alto, diabetes, tabagismo, obesidade, sedentarismo e estresse. Na presença dessas condições, o cuidado tem de ser redobrado. Ao sentir qualquer desconforto não familiar, a recomendação é procurar atendimento médico rapidamente, pois se realmente se tratar de um infarto, quanto mais cedo for o atendimento, melhor.
Fonte: Escola de Educação Física e Esporte da USP – EEFE
A formação acadêmica de um professor de educação física do ensino básico não se restringe a livros e teorias. A convivência e a experimentação da prática pedagógica em um ambiente escolar têm um papel destacado para a preparação desses profissionais. Para compreender melhor essa interação prático-teórica, o pesquisador Marcos Vilas Boas, orientado pelo docente Osvaldo Luiz Ferraz, investigou os significados de uma residência pedagógica em uma turma de Licenciatura em Educação Física.
Trabalho de mestrado buscou identificar os significados de uma residência pedagógica em uma turma de Licenciatura em Educação Física.
Participaram do estudo graduandos inscritos nas disciplinas de Educação Física na Educação Infantil I e II, pertencentes ao quinto e sexto semestres letivos. Os dados foram coletados no município de São Paulo em 2019. O objetivo foi propiciar um contexto híbrido de formação, a fim de integrar as atividades desenvolvidas na Universidade e em uma Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI).
Sob supervisão, graduandos desenvolviam atividades de ensino e propunham experimentações dos materiais didáticos.
No âmbito da Universidade, os alunos participavam de aulas teóricas e práticas, compostas por análises de representações de práticas docentes, seminários, trabalhos individuais e em grupo, planejamento e discussão de atividades de ensino, elaboração de materiais didáticos, relatórios de práticas, entre outros. Já na Escola, os estudantes observavam as aulas ministradas por professores experientes e também analisavam os ambientes diversos da EMEI – parque, brinquedoteca, informática, sala de leitura e de vídeo e refeitório. Além disso, participavam de reuniões com responsáveis e professores, desenvolviam atividades de ensino sob supervisão e propunham experimentações dos materiais didáticos.
O diálogo entre teoria e prática propiciou uma formação docente reflexiva, considerando vivências profissionais e acadêmicas. Embasados por princípios pedagógicos ensinados em classe, os estudantes-professores construíam uma proposta de aula para posteriormente aplicá-la na Escola, enfrentando desafios na prática que levavam à necessidade de adaptações, ajustes e improvisos. Além disso, puderam analisar as características motoras, cognitivas e culturais das crianças, destacando a heterogeneidade presente em uma mesma turma.
Vivência na Escola destacou a heterogeneidade presente em uma mesma turma.
A parceria estabelecida entre a Universidade e a Escola trouxe benefícios pedagógicos em ambos os ambientes, à medida que se conectaram os aprendizados das disciplinas universitárias com as situações e problemas vivenciados na escola-campo. As práticas dos estudantes-professores eram objeto de constante análise e reflexão por meio de relatos e diálogos. Isso contribuiu tanto para o processo de formação docente quanto para a educação continuada dos professores regentes da escola-campo, fomentando a construção de uma consciência docente crítica e autônoma. Os estudantes-professores identificaram a complexidade do ambiente da sala de aula e, também, indicaram respostas adequadas para a comunidade escolar, considerando suas práticas institucionais, seus valores, história e cotidiano.
Os resultados do trabalho apontam para a valorização da residência pedagógica para a formação profissional. “O saber fazer e a construção da base de conhecimentos são elevados para a tomada de consciência, de reflexão individual ou coletiva e de organização que alicerça a ação docente durante a formação, bem como as ações profissionais futuras”, explica o pesquisador. “O modelo compreende os estudantes enquanto produtores de saber e saber-fazer e, não somente, como consumidores de conhecimentos acadêmicos e profissionais”, complementa.
A pesquisa integrou o trabalho de mestrado de Marcos Vilas Boas, defendido em março deste ano sob o título “Formação inicial e profissional do professor de Educação Física escolar: um terceiro espaço híbrido na relação Universidade – Escola”.
A fadiga é um elemento importante a ser compreendido tanto em termos de rendimento esportivo quanto para a melhoria da qualidade de vida de pessoas acometidas por determinadas enfermidades. Embora esse tema seja um dos campos de estudos mais tradicionais dentro da Educação Física e Esporte, os mecanismos que levam à interrupção do exercício exaustivo ainda não são totalmente compreendidos. Em síntese, os principais modelos teóricos propõem uma abordagem binária do fenômeno, explicando a fadiga por mecanismos exclusivamente fisiológicos ou perceptivos.
Em artigo de revisão publicado no European Journal of Applied Physiology, o Grupo de Estudos em Desempenho Aeróbio da USP (GEDAE-USP) propõe uma análise transicional ao tema, abordando a interação entre os dois mecanismos. O estudo contou com as colaborações do Prof. Dr. Adriano E. Lima-Silva (UTFPR) e Prof. Dr. Marcos D. Silva-Cavalcante (UFAL). As revisões de literatura veiculadas nessa revista são produzidas apenas a convite dos editores que acreditam que os pesquisadores deram contribuições relevantes para um campo específico do saber.
Foram analisados dados de voluntários praticantes da modalidade em provas simuladas no laboratório. Foto: Cecília Bastos
O pesquisador Rafael Azevedo, autor principal do artigo, orientado pelo Prof. Dr. Rômulo Bertuzzi, sugere que o desenvolvimento da fadiga ao longo do exercício predominantemente aeróbio possui uma característica transitória de fisiológica para perceptiva. Os dados analisados foram coletados em provas simuladas de 4 km de ciclismo, realizadas no Laboratório de Determinantes Energéticos de Desempenho Esportivo (LADESP – EEFE/USP) por voluntários praticantes da modalidade.
Os aspectos fisiológicos da fadiga foram determinados a partir de estímulos elétricos aplicados no músculo esquelético do ciclista. Já os aspectos perceptivos foram mensurados a partir da escala de percepção de esforço (escala de Borg) que atribui um valor para sensação de esforço entre “muito fácil” e “exaustivo”. De acordo com os dados obtidos, a fadiga no início da prática está relacionada aos processos fisiológicos do organismo. Ao longo do esforço, essa contribuição fisiológica é mantida, ao passo que a percepção do esforço aumenta.
De acordo com o estudo, a fadiga parece ser determinada predominantemente por fatores fisiológicos no início do exercício e por fatores perceptivos a medida que o exercício se desenvolve
Essa conclusão pode auxiliar no planejamento do treino dos atletas. Por exemplo, se em determinada competição a fase inicial é a mais importante, o treinador poderia enfatizar estratégias com atuações prioritariamente fisiológicas, como a utilização de suplementos ou treinamentos físicos. Se a ideia é focar na parte final da prova, intervenções capazes de atuar na percepção da fadiga (música, por exemplo), poderiam ser implementadas.
De acordo com o docente, muito ainda deve ser explorado em relação ao modelo, inclusive sua aplicação a outras modalidades ou as suas implicações fora do contexto esportivo – em doenças como o câncer, por exemplo. A revisão abre caminho para a melhor compreensão do assunto ao trazer à tona uma perspectiva não-binária da fadiga, levando em consideração a interação entre os aspectos fisiológicos e perceptivos.